quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Abuso da palavra

Ainda bem que alguém inventou a escrita, como forma de expressão. De opinões. De sentimentos. De acontecimentos. De factos.

Como poderei descrever a Natureza? A aragem que atravessa o meu rosto todas as manhãs? Como posso eu falar com um cego que não vê da mesma forma que eu? Se as palavras não existissem como haveria entendimento entre nós, homens? Podem vir com a conversa que há muitas palavras para um único objecto ou então como a história que existe muitas línguas e isso faz com que não nos entendamos. Comigo isso são meras desculpas de pessoas que vivem agarradas a um presente sem horizontes, ou seja sem ambições maiores.

Alexandre O'Neill um dia escreveu "há palavras que nos beijam/ como se tivessem boca/ palavras de amor de esperança/ de imenso amor de esperança louca (...)". Existem palavras que nos confortam, que nos fazem rir, que nos deprimem, nos magoam como se fossem afiadas e nos cortassem, há ainda aquelas que nos dão esperança para um futuro vindouro. Todas elas são prenunciadas por alguém . Elas não falam sozinhas. Elas precisam de um mensageiro para passar a mensagem, o seu significado. Nós, pessoas,viajantes por este planeta a que o Homem chamou Terra, usamos e usufruímos da palavra. Quando atiramos para o ar uma palavra como "amo-te" ou perdoa-me" ou mesmo "errei" custamos a que ela sai com todas as letras que possui. Porque será que tal acontece? Serei eu incapaz de não sentir o que digo?

As palavras são o que cada um quiser fazer delas.

Este foi o texto que escrevi para um concurso na escola. O tema era livre, não havia limite de palavras mas havia o limite de um folha A4. Por isso resolvi escrever sobre as palavras. Uma pequena reflexão sobre o que elas significam e por ai a fora! :) Espero que reflitas quando falares com alguém, quando escreveres, quando pensares em declamar algo bem alto.

Formiga pensante

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vontade de mudar.


Quero escrever porém os dedos doem-me de trabalhar.
Quero ler porém a vista arde-me.

Quero falar mas estou rouca por isso não me ouvem.
Quero que o meu corpo solte um grito mas ele está preso à preguiça que me persegue.

Quero sentir o cheiro à minha volta no entanto estou constipada.

Quero ouvir o que tens para me dizer todavia a multidão grita para ser ouvida.

...
...
...
não sei o que é isto...
...
...
...

Apenas quero um sorriso teu. Esse eu quero vê-lo. Pois eu consigo.

Formiga pensante

quarta-feira, 24 de junho de 2009

texto que não é meu

O texto que hoje vos deixo não é meu, no entanto sou da mesma opinião, infelizmente.

Lê, com atenção, o que será a próxima geração...
«Desculpem se trago hoje à baila a história da professora agredida pela aluna, numa escola do Porto, um caso de que já toda a gente falou, mas estive longe da civilização por uns dias e, diante de tudo o que agora vi e ouvi (sim, também vi o vídeo), palavra que a única coisa que acho verdadeiramente espantosa é o espanto das pessoas. Só quem não tem entrado numa escola nestes últimos anos, só quem não contacta com gente desta idade, só quem não anda nas ruas nem nos transportes públicos, só quem nunca viu os 'Morangos com açúcar', só quem tem andado completamente cego (e surdo) de todo é que pode ter ficado surpreendido. Se isto fosse o caso isolado de uma aluna que tivesse ultrapassado todos os limites e agredido uma professora pelo mais fútil dos motivos - bem estaríamos nós! Haveria um culpado, haveria um castigo, e o caso arrumava-se. Mas casos destes existem pelas escolas do país inteiro. (Só mesmo a sr.ª ministra - que não entra numa escola sem avisar - é que tem coragem de afirmar que não existe violência nas escolas). Este caso só é mais importante do que outros porque apareceu em vídeo, e foi levado à televisão, e agora sim, agora sabemos finalmente que a violência existe! O pior é que isto não tem apenas a ver com uma aluna, ou com uma professora, ou com uma escola, ou com um estrato social. Isto tem a ver com qualquer coisa de muito mais profundo e muito mais assustador. Isto tem a ver com a espécie de geração que estamos a criar. Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas. Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs. E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos, se tivermos um rosto humano. E por isso as nossas crianças crescem sem emoções, crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam. Durante anos, foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido. Durante anos, foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho. E durante anos os pais e os professores foram deixando que isto acontecesse. A aluna que agrediu esta professora (e onde estavam as auxiliares-não-sei-de-quê, que dantes se chamavam contínuas, que não deram por aquela barulheira e nem sequer se lembraram de abrir a porta da sala para ver o que se passava?) é a mesma que empurra um velho no autocarro, ou o insulta com palavrões de carroceiro (que me perdoem os carroceiros), ou espeta um gelado na cara de uma (outra) professora, e muitas outras coisas igualmente verdadeiras que se passam todos os dias. A escola, hoje, serve para tudo menos para estudar. A casa, hoje, serve para tudo menos para dar (as mínimas) noções de comportamento. E eles vão continuando a viver, desumanizados, diante de um ecrã. E nós deixamos.»
Alice Vieira, Escritora

Como será esta geração quando for para o mundo do trabalho?
Qual o rumo desta "gente" (perdoem-me jovens que andam em bons caminhos)?

Pensa
Deixo um site de um video, vai ver, se tiveres tempo.

É uma música de Hillsong United ("Hosanna"), tem a letra em inglês mas é muito fácil percebe-la. :)

Disfruta!

p.s. Eu creio que existe um rumo pelo qual devemos olhar com olhos de ver. Há um caminho possível de contrariar esta realidade, pela qual socializamos todos os dias (uma solução: http://www.youtube.com/watch?v=ZzFW3uFBZ1A). Foi a minha solução. Qual é a tua?

domingo, 31 de maio de 2009

Capa De Plástico Laranja - O meu Caderno

Palavras que voam na minha mente por breves momentos.

Frases soltas.

Textos complexos, difíceis de entender.

"O meu mundo...
é diferente...
de qualquer outro...
não é paralelo...
a qualquer outro...
é apenas
perpendicular!"



"O meu planeta,
O meu mundo,
A minha vida,
Mas antes tem um país,
A minha vila,
O meu bairro,
A minha rua,
O meu prédio,
O meu andar,
A minha CASA."



Tudo isto não podia ter acontecido se Tu não tivesses pensado na minha vida, aqui, neste lugar. Quando respirei pela primeira vez nesta atmosfera que nos rodeia, a obra tinha começado. A obra que tens para mim. Tudo o que tenho foste Tu. Tudo o que sou,hoje, foste Tu. Até sabes quantos cabelos tenho...Adoro quando me abraças! Sinto-me protegida, como se nada me pudesse ferir.

E eu que sou para ti? Que faço eu para ti? Que faço eu a uma pessoa que amo? Que posso eu fazer para demonstrar meu amor por ti?


Formiga*

quarta-feira, 6 de maio de 2009

uma reflexão de um almoço


Neste dia de sol maravilhoso, li um poema. Não fui eu que o escrevi.


"Uma peça" que cruzou caminhos comigo decidiu mostrar-me o que tinha criado. Fiquei tão contente. Por várias razões. Veio ter comigo e mostrou, depois de o ler, conversamos, comentamos, ou melhor trocamos impressões...

É tão bom, saber que numa sociedade comodista, materialista, ignorante e rotineira existe "personagens" a vadiar pelas ruas que pensam de forma diferente. Pensam como um "eu".

Usam várias formas de intervir, de se expressar, na sociedade contemporânea. Para que este mundo de seres vivos pensantes não morra, mas como disseste "que acordem e vejam o que lhes rodeia"!


A primeira vez, que me disseram que vivemos numa sociedade padronizada, não percebi. Mas a cada dia que passa sinto-me mais o padrão "normal" em acção. Tudo o que é diferente, tudo o que sai do "normalzinho" do dia-a-dia é estranho e confuso. Por isso, é que existe tanta gente inculta, analfabeta. Essa pessoas vivem acorrentadas ao conhecimento vulgar ou senso comum.


Se imaginar-mos que a vida é uma amêndoa...por exemplo.

Os Homens que pensam o que os outros dizem, ou vivem consoante a sociedade,esses ficam apenas a conhecer a casca da amêndoa.Isto é, não tiram o tutano desta vida...o verdadeiro sabor da amêndoa.
Os Homens que investigam, tentar formar o seu "eu" (que é único), que pensam o porquê de algo, que comunicam entre si, esses sim, tentam chegar ao verdadeiro sabor da amêndoa ou seja da vida.

Que parte da vida conheces, tu que estás a ler este pequeno texto?

(Medita)
(Reflecte)

Formiga*

segunda-feira, 20 de abril de 2009

..."desenhos" de pensamentos...

21.Abril.09

Alguns "desenhos" feitos no paint, nas aulas de TIC...

Coisas que me vinham à mente, ao meu pensamento naquele momento.

Muitas frases que escrevi, sinto que falta assimilar na "nossa" consciência (sociedade contemporânea)...

Aqui vos deixo...



Talvez a frase ficasse melhor: " Porque a vida pode ser uma mistura de cores estranhas, que não precisam propriamente de "combinar"!"

Contudo, na altura apeteceu-me escrever como está...



Uma andorinha que voa...e que se despenha no chão duro e rugoso. Quando se encontra ferida pensa...

Como sei que é difícil ler o que está escrito na imagem vou escrever...

"O que fazes nos tempos livres? Dormes?Jogas Pc? Vês TV?
Que aprendes tu com essa actividades? (Pensa apenas...)
Pois!!!
Talvez o que eu esteja a escrever sejam "chavões"
todavia às vezes esquecemo-nos deles...

Medita na tua "vidinha banal"!

Na vida temos de voar...mas por vezes caímos a pique!

Agarra-te ao que sabes e ao que não sabes pergunta, pensa, argumenta, investiga...não vivas na ignorância ou mesmo na ilusão!

Abre os olhos! :D

há muito mais que isto...há muito mais do que a rotina da escola...
Formiga*"



Um animal? Uma forma geométrica? Uma cara? Uma pessoa? O que realmente se trata?


Deixo ao critério de quem estiver a ler/ ver... Fiz isto a pensar em que nem todos vimos as mesmas coisas. Como por exemplo as formas que as nuvens fazem... :)


(
na última linha,onde a letra está mais pequena, diz:
" não precisas de ser igual a todos os outros que te rodeiam..."
)

Formiga :)

domingo, 19 de abril de 2009

...um pequeno momento com o nada...

19.Abril.09



Um dia pus-me a olhar o nada...até que descobri que o nada tem um segredo. O qual ainda não posso dizer,visto que é um segredo. Contudo ele habita dentro de mim...mesmo que eu não dê por isso. Um nada que tem um sentido único. A de seguir para o sul, a de seguir para oeste, a de seguir para norte e para este.



Tudo tem um rumo, até o nada. Eu descobri o meu rumo, a cada dia, tento seguir o que me é pedido...de Alguém que me ama incondicionalmente.



...Um pequeno momento com o nada...

Formiga :)